Naquele momento, me encontrava sozinha em casa, sem nada para fazer além de contemplar, observar e sentir a relativa calma daquela escura noite. De um minuto a outro, me encontrava escrevendo ao máximo do que minha inspiração alcançava, para aliviar um pouco esses momentos, pois o silêncio começava a me perturbar e inquietar. Quanto mais escuro ficava, mais estranha eu sentia.
E, de repente... Nada. Somente silêncio e obscuridade rodeavam o que antes era pura calma. Via ao meu redor nada mais que um vazio... Mas, de toda forma, me encontrava calma, serena e pensando.
Sem me dar conta quando, comecei a escutar estranhos ruídos e sinistros lamentos, ou talvez gemidos... Não sabia de onde vinham, me senti incompetente. De repente, esses terríveis lamentos pararam, e em seu lugar, um macabro riso começou a soar. Fazia em minha mente um eco brutal, simplesmente não parava, e não parecia querer parar.
Perdi a calma. Não conseguia dizer nada, apenas observava e escutava. Comecei a visualizar uma silhueta semi-humanoide, com dois vermelhos e penetrantes olhos. Naquela silhueta se desenhava um sorriso, e de sua direção vinham as gargalhadas, cada vez mais seguidas e fortes em minha mente.
Perdi a calma. Não conseguia dizer nada, apenas observava e escutava. Comecei a visualizar uma silhueta semi-humanoide, com dois vermelhos e penetrantes olhos. Naquela silhueta se desenhava um sorriso, e de sua direção vinham as gargalhadas, cada vez mais seguidas e fortes em minha mente.
Perdi o controle. Comecei a gritar “QUEM É?” “QUEM É VOCÊ?” “O QUE QUER?”. Não me dizia nada, apenas continuava rindo, gargalhando. Pedi que respondesse, e nada.
Fechei meus olhos em meio aquele riso maníaco e os cobri com as mãos. As lágrimas e o desespero tomaram conta de mim. Após alguns minutos, abri os olhos, tirei as mãos do rosto e não havia nada.
“Teria sido um sonho... Ou melhor, um pesadelo?”
“Estou ficando louca?”
“Algo realmente aconteceu?”
Este tipo de experiência é mais comum do que pensei. Quando fui ao psiquiatra, ele me receitou alguns remédios e disse que eu sofria de stress. Não me contentei e, pela internet, encontrei pessoas que tiveram a mesma experiência que eu.
Há um demônio que assombra a mente humana. Ele está sempre presente, mas não lhe é permitido aparecer. É esse demônio que nos leva à cometer erros, à fazer escolhas erradas, à depressão e mais uma série de coisas ruins. Ele está ao nosso lado esquerdo, parado, estagnado. Ele nunca nos deixa só.
Algumas pessoas passam pela experiência de escutá-lo ou visualizá-lo. Foi o que aconteceu comigo. Por quê? Porque no momento de maior escuridão, quando estamos sozinhos e nos deixamos levar pela angústia e pela falta de fé, ele consegue a força suficiente para se fazer visível.
Uma criatura extremamente obscura, um ser vindo das trevas que leva cada ser humano ao erro. Aquele que perturba seu sono, que lhe traz pesadelos. Aquele que lhe induz a afundar mais ainda a lâmina, no momento do suicídio. Aquele que tira seu controle.
Essa pode não ser uma história de terror que estrele um filme, mas posso lhes garantir que é real. E lhes garanto, ainda, que pelo menos uma vez na vida, você terá uma experiência de contato com o seu demônio.
Todo mundo tem um demônio dentro de si.
É ISSO, ATÉ A PRÓXIMA!
INSÔNIOS.
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